Ao se pensar num planejamento por competências faz-se necessário:
1.   Esclarecer e estabelecer um conceito claro e consensuado de competências com os professores; 
2.   Refletir como e de que forma os alunos desenvolvem competências;
3.   Decidir coletivamente os fins educativos da escola e qual o perfil de cidadão se quer formar. Definir portanto:
·         o que significa preparar para a cidadania e o trabalho aqueles alunos  naquela comunidade;
·         quais as competências que traduzem essa preparação para a cidadania e o trabalho;  
·         quais os conteúdos curriculares que deverão contribuir para a constituição dessas competências.
4.   Partir sempre das competências para selecionar o conteúdo curricular. Uma mesma competência pode estar ancorada em vários conteúdos, é o caso de “ler e interpretar tabelas e gráficos” que poderá ser desenvolvida em geografia, matemática, ciências.
5.   Definir o tipo de organização curricular, podendo se optar:
·        Por um bloco de competências comuns (as chamadas competências transversais), as quais teriam a função de integrar as disciplinas ou as diferentes áreas. 
·        Por tema ou por projetos integrando disciplinas ou áreas do conhecimento.
6.   Ter em mente que não importa o tipo de organização curricular que se opte, o tratamento metodológico empregado, contextualizando e interligando o conhecimento é que propiciará o desenvolvimento de competências
7.   Lembrar que para desenvolver competências é preciso trabalhar por problemas e por projetos, propor tarefas que desafiem e motivem os alunos a mobilizar os conhecimentos que já possuem e a ir em busca de novos conhecimentos. Competências se desenvolvem sempre em “situação”, em um contexto. Trata-se segundo Philippe Meirieu (1996) “aprender, fazendo, o que não se sabe fazer”.
Pressupõe uma pedagogia dinâmica que transforme a sala de aula num espaço privilegiado de aprendizagens vivas e enriquecedoras na qual o aluno participa ativamente na construção do seu conhecimento. O conteúdo é um meio e não mais um fim em si mesmo. 
Pressupõe um currículo integrado e não mais fragmentado, norteado pelos princípios pedagógicos da transposição didática, interdisciplinaridade e contextualização.
 
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