Tenho pensado muito
sobre quase todas as coisas. Digo quase porque, na verdade, é imensidão sem fim
essa vida que se leva. Algumas coisas não são naturais, embora as pessoas as
tratem como se fossem. Algumas pessoas não são boas como nosso coração quer que
elas sejam, aliás, nosso cego coração não percebe como o amor gera laços de
ingratidão. Essa idéia não é minha; ela é literalmente maquiavélica, mas a
admiro pelo teor de verdade que ela guarda. Não há decepções. Há frustrações de
expectativas. E não há, nem de longe, um mundo perfeito, com o qual sonhamos. Há
sim esta vida, a que levamos todos os dias, cercada por conquistas e perdas, por
distância de quem amamos, de sorrisos efêmeros, mas belos sorrisos, que nos
fazem crer no encontro da realidade com nossos sonhos "quase que não revelados".
Essa frase é minha, essa sim. Mas eu penso que apesar de tudo, somos tão
pequenos e tão grandes ao mesmo tempo que somos o intermédio entre aquilo que
nos faz sofrer e aquilo que nos faz feliz. E o que nos faz feliz, reparem a
partir de agora, é coisa simples, é coisa pequena, quase um trapo. O que a torna
grande é a nossa capacidade de admirar a vida como ela é, assim mesmo,
difícil.
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