Páginas

sábado, 6 de julho de 2013

Guia : O atleta

Ser guia requer um elevado nível de profissionalismo, mesmo quando trabalha como voluntário. Como guia, deve não só ter condutas pessoais e profissionais de qualidade, mas também viver de acordo com elas. A relação entre guia e atleta não se resume apenas à sua preparação para os acontecimentos na competição. É também uma questão de formar atitudes e ser educador no sentido mais amplo da palavra. Por meio do seu trabalho e do modo como o realiza, ele projeta uma imagem para o treino dos atletas, para os técnicos e ainda para aqueles que estão envolvidos no treino.
Os guias, devido ao trabalho que desempenham na preparação dos atletas, representam um papel importante na performance final do seu atleta.
Sua conduta, aparência pessoal, sua personalidade, seus conhecimentos técnicos, devem corresponder às necessidades dos atletas. Isto sempre irá refletir na confiança que o atleta deposita em seu guia.
Ele deve plena observância aos deveres do compromisso assumido. Precisa estar ou manter-se sempre disponível dentro e fora dos locais de competição. Não deve esquecer nunca da responsabilidade quanto à pontualidade e quantidade de tempo disponibilizado para as tarefas combinadas.
Algumas regras básicas do guia e de sua função:
Assim que o corredor cego cruzar a linha de chegada, o guia deve estar necessariamente atrás dele.
O método de condução é de escolha do atleta. Este pode optar por ser guiado com um cordão, ou ainda correr livre. Além disso, o corredor pode receber orientações verbais do guia. Bicicletas ou outros meios mecânicos de transporte não podem ser utilizados por guias.
Em nenhum momento, o guia pode arrastar o atleta ou impeli-lo com um empurrão. Qualquer infração nesse sentido conduzirá à desclassificação do atleta.
Utilizando-se ou não de uma corda, como método de condução, atleta e guia não deverão estar separados por mais de 0,5m de distância, em nenhum momento da prova.
Nota: Quando situações acidentais ou extraordinárias induzirem à violação da condição acima será de inteira responsabilidade do oficial técnico da IBSA decidir a favor ou contra a desclassificação do atleta. Os princípios utilizados para tomar tal decisão incluirão consideração sobre algum perigo passado ou desvantagem sofrida por outro competidor na mesma prova.
Para as corridas de pista em médias e longas distâncias (acima de 400m), serão permitidos dois guias. Permite-se apenas uma troca de guia para cada corredor. A troca (substituição) deve ocorrer sem prejudicar os demais corredores e deve ser realizada apenas na reta de largada.
Os corredores-guias devem vestir colete de cor laranja, para que sejam claramente diferenciados dos competidores.
O técnico, em função das regras aqui descritas e pela experiência, procura traçar o que se chama de ideal do perfil técnico do guia.
Este atleta em primeiro lugar deve estar consciente de suas funções como guia, já que passará a ser os olhos dos atletas e o responsável direto pela performance do atleta no momento da competição. Para que isto aconteça, é necessário que ele transmita calma e segurança para o atleta e o domínio da situação e das regras. Deve estar integrado no movimento do paradesporto.
A atividade do guia inicia já nos treinamentos e não apenas na competição. Ele deve estar presente no dia a dia dos atletas e possuir conhecimentos das técnicas do esporte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário